domingo, 5 de julho de 2009

Dois amores em 2002

Passei o dia todo aqui em casa com uma amiga jogando conversa fora. Reclamei bastante do Ulysses, não entendia seu comportamento distante e o porque das coisas não terem dado certo entre a gente, exatamente no momento em que ele voltava ao Brasil. Parecia o momento ideal para colocar em prática o sonho do vestido de noiva, buquê, bem casado, Paris, barriga e mamadeira.
Recebi dois convites diferentes naquela noite de sábado: uma festa em Juquehy e cinema com outra amiga. Estava triste, indisposta e aceitei o terceiro convite, um jantar intimista com um casal e um amigo deles, Francisco, que namorava há três anos uma garota que vivia há um nos Estados Unidos. Aceitei o convite porque senti que não tinha armação nenhuma, um programa completamente despretensioso.

Chegando ao restaurante fomos rapidamente apresentados e me senti completamente a vontade com a escolha, o ambiente e a companhia.

A noite foi muito divertida, falamos bobagens, contamos piadas e claro, tanto saquê que acabei embreagada.

Sei exatamente o que aconteceu. Sabe aqueles momentos especiais e marcantes que a vida nos convida de vez em quando? Noite adentro, malícia, intenção e vontade.

Ele percebeu que eu não estava tão legal e ofereceu uma carona que não tive dúvida em aceitar.

Entramos no carro e rapidamente nos beijamos, e quando me dei conta já estavámos rolando entre beijos ardentes na escada do quarto de um motel, antes mesmo de chegarmos à cama.

Meu lado conservador não aceitava estar ali. E tudo o mais que existia em mim implorava pra eu não sair de lá.

Pele, desejo, sentido e vontade.

Aquela noite serviu pra dar início a uma nova paixão, mas também para descobrir que o Ulysses não era assim tão importante. A partir desse dia, não tive mais vontade de vê-lo, tê-lo e senti-lo.

Quanto a Francisco, não pude evitar. Fiquei com esse homem rondando minha mente por um bom tempo.

Começou aqui uma paixão desenfreada.

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